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Entre os dias 25/02 e 01/03, vinte pessoas participam do Bootcamp Fabricação Digital, no FabLab do Instituto SENAI de Tecnologia Automação e Simulação da Firjan SENAI, em Benfica. A oficina de prototipagem une teoria e prática para ajudar os alunos a desenvolverem suas ideias, bem como produzirem protótipos que ficarão expostos ao público na sexta-feira (01/03).

A iniciativa foi organizada Instituto Hub e pela Maker Factory, em parceria com a Firjan, com patrocínio da Wishbox Technologies e apoio da Agência de Inovação da UFRJ, do Parque Tecnológico da UFRJ e do LABFUZZY.

Os participantes – profissionais do mercado, estudantes e universitários – foram selecionados dentre 170 inscrições e divididos, por sorteio, em cinco grupos. Cada equipe precisa desenvolver um produto utilizando impressão 3D e prototipagem 2D a partir do tema pré-definido para cada uma: moda, gastronomia, arquitetura, educação ou design de produtos. “A ideia é apresentar soluções para esses temas. Já no primeiro dia, que era mais introdutório, percebemos avanços incríveis”, conta Caroline Gonzaga, responsável pela área de educação do Instituto HUB.

Rozeani Araújo, instrutora do FabLab da unidade de Benfica, ressalta que a iniciativa incentiva o movimento maker ao apresentar máquinas dentro do universo "faça você mesmo (quase) qualquer coisa". Do maquinário disponível, destacam-se impressoras 3D, máquinas de corte a laser, bancadas de eletrônica e fresadoras CNC. "Tudo disponível para que, de fato, as pessoas possam materializar e testar seus produtos", informa.

Na prática

Fernanda Sarmento, especialista em Educação do Instituto Oi Futuro, é uma das participantes do grupo com o tema educação. A equipe está desenvolvendo protótipos de DNA com anomalias genéticas. “A ideia é auxiliar nas aulas de biologia, representando conceitos abstratos que podem ser difíceis para os alunos compreenderem”, conta.

No mesmo grupo está Carlos Augusto Fonseca, instrutor do FabLab da Firjan SENAI Resende. Para ele, experiente no ambiente de tecnologia, trabalhar com profissionais de outras áreas é fundamental. “Nossa ideia não seria viável se o grupo não fosse multidisciplinar. Estou entendendo melhor como educadores pensam a educação e como acreditam que a tecnologia pode ser inserida nesse meio. É um aprendizado contínuo”, pondera.

Por sua vez, o grupo de moda pensou em criar um bracelete com QR Code para identificação de pessoas que precisam de ajuda. De acordo com Stela Alves, estudante de design de produto da UFRJ, a pulseira contém informações como nome completo, data de nascimento, tipo sanguíneo, alergias e telefone de contato para emergência. “Estamos desenvolvendo o bracelete com a impressora 3D, sendo o QR Code impresso a laser. Ter acesso a essas máquinas é muito importante para minha formação”, destaca Stela, que estagia com prototipagem de produtos.

 Já a equipe com o tema arquitetura optou por construir módulos padronizados, como se fossem peças de quebra-cabeça. Conforme explica o engenheiro mecânico Diego Duarte, o objetivo é permitir que o usuário monte o espaço como quiser, formando paredes ou divisórias. “Essa possibilidade móvel e fácil de manusear pode ser bem aproveitada em salas comerciais, por exemplo, para separar departamentos”, informa ele. As dobradiças estão sendo feitas por meio de impressão 3D e a parede, de MDF, cortada a laser.

O próximo bootcamp em parceria com o FabLab da Firjan SENAI será de 25 a 29 de março, também na unidade de Benfica. O tema será biohacking. 

Com equipamentos de ponta do FabLab da Firjan SENAI, participantes estão colocando em prática as suas ideias. Foto: Vinícius Magalhães.
Participantes foram escolhidos entre 170 inscritos e divididos, por sorteio, em cinco grupos para desenvolverem projetos. Foto: Zeilane Fernandes