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Um dia inteiro de palestras e vivências sobre o Mundo SENAI, que ajudaram a indicar caminhos para quem quer se especializar em busca de um lugar no mercado de trabalho. Na edição de 2021, a segunda on-line, foram apresentados dados que reforçam a preponderância da área de Tecnologia da Informação (TI) na oferta de vagas nesse período de retomada da pandemia do Covid-19. 

A TI é uma área em que faltam profissionais com boa qualificação. “Pesquisa mostra que apesar dos 46 mil formandos anuais neste segmento previstos entre 2019 e 2024, a demanda empresarial seria de 70 mil por ano. Um gap anual de 24 mil”, reforça Fabio Prazeres Pinto, gerente de Infraestrutura e Operações de TI da Firjan. Capacitação de qualidade faz a diferença. Não adianta também a pessoa fazer um curso rápido e querer aplicar para vagas que exigem mais experiência. Na própria Firjan, uma colocação nessa área chega a demorar oito meses para ser preenchida. Por isso, agora a federação está apostando em estagiários e trainees, que podem ser capacitados durante este tempo. 

A Firjan SENAI oferece uma gama de cursos, com duração diferenciada. Dentre eles, os técnicos são os que qualificam de forma mais completa. No evento, em 11/11, os temas chamaram muita atenção do público virtual: Futuro do trabalho; FabLab como espaço de experimentação aliado à tecnologia; construção civil digitalizada; por que quem faz curso técnico entra mais rápido no mercado; como a cerveja virou negócio, entre outros. 

Nesse dia de portas abertas, as pessoas tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais do SENAI. “Uma parte de tudo que a gente faz”, salienta Fernando Pinto, coordenador técnico de Educação Profissional e Certificação da Firjan SENAI. As discussões não abordaram apenas questões técnicas, mas também a transversalidade da logística na atuação profissional em diversos segmentos, além de uma miniaula que questionava se o candidato estava conectado com a carreira dele e o mercado.  

A inclusão como grande desafio mobilizou as discussões. Movimento semelhante vem ocorrendo nas indústrias. Adriana Bessa, gerente de Recursos Humanos e coordenadora dos grupos de diversidade e 50+ da Gerdau, revelou que “foi preciso pensar diferente para trazer a diversidade para dentro do mundo industrial que é muito masculino. No exterior, há mais inclusão”. A partir de uma parceria com a Firjan, foi criado o projeto Pertencer, que capacita funcionários para o ambiente de fábrica, apesar das diversidades. 

Deficiente auditiva, Sylvia Nikitskaja, analista de Responsabilidade Social da Firjan, emocionou a plateia ao mostrar o trabalho que realiza junto a Gerdau, com as metodologias do SESI e do SENAI. “Os participantes aprenderam a se expressar melhor. Havia 12 pessoas com deficiência e 10 mulheres no grupo”. 

Tecnologia da Informação: há vagas 

Os bons profissionais de TI têm sido disputados também por empresas internacionais. Seja para trabalhar remotamente ou para colocações presenciais no exterior. “Para quem quer entrar no mercado, esse gap é uma grande oportunidade; para as empresas, é um problema. Para quem busca formação, o mercado está aquecido e a pessoa vai conseguir ingressar rápido no mercado”, aposta Pinto. 

Entre os muitos segmentos de Tecnologia e Informação, cyber segurança e comunicação em nuvem se destacam. Rafael de Lima, instrutor da Firjan SENAI, dá uma dica para quem se interessou: “Essas áreas são para quem tem um conhecimento básico de hardware e de software. Deve buscar uma formação técnica de redes de computadores ou de software, para depois se especializar”.