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Com o avanço dos conceitos e práticas da indústria 4.0., a simulação torna-se a cada dia uma ferramenta mais importante no dia das empresas, seja na redução dos custos de prototipagem, no auxílio aos trabalhos de manutenção preventiva e até mesmo no planejamento financeiro. “A simulação é um mundo à parte. Dentro da engenharia, ela é extremamente complexa e tende a evoluir ainda mais nos próximos anos”, prevê Alex Sandro Sampaio, pesquisador do Instituto SENAI de Inovação em Inspeção e Integridade, durante participação no webinar Pesquisa e Inovação – Simulando a realidade, exibido em 16/12 no canal de YouTube da Firjan.

Sampaio apresentou as mais modernas tecnologias de simulação e os benefícios que elas podem trazer. As simulações estão divididas em quatro segmentos: icônicas, analógicas, matemáticas e computacional. Na icônica são utilizados modelos em escala; na analógica, é quando se tira conclusões sobre algo desconhecido a partir de comparações com outras referências; na simulação matemática, os conceitos matemáticos ou físicos são utilizados para o dimensionamento de sistemas; e na computacional temos a simulação de movimento de corpos rígidos e tridimensionais, através de softwares específicos como o AutoCad.

Os primeiros programas do tipo CAD, informa Sampaio, foram desenvolvidos por volta de 1970. “Antes dessa inovação, a Nasa, por exemplo, possuía milhares de desenhistas para desenvolver os projetos em pranchetas, o que implicava riscos em empreendimentos bilionários”, comenta.

Os modelos computacionais podem ser obtidos através de escaneamento a laser ou por imagem, e depois trabalhados no software para análise e aperfeiçoamento antes de entrar na etapa de produção em escala. O mesmo vale para a manufatura de peças, que pode ter todas as suas etapas simuladas em estágio anterior, maximizando a utilização da matéria-prima. Isso evita desperdício e preserva as próprias ferramentas por meio de uma utilização racional.

Sampaio também abordou os sistemas CAE (Computer Aided Engineering), que consiste em permitir a análise de componentes que ainda não existem fisicamente, usando como base de cálculo uma representação matemática de uma geometria CAD.

“Quanto mais refinado for um modelo, melhor ele representará a realidade da simulação”, destaca.

Os campos de aplicação das simulações são cada vez mais diversificados, podendo ser usados nas áreas mecânica, elétrica, acústica, aerodinâmica e gravitacional, entre outras.

Assista à transmissão: